Vila da província do Alto Alentejo, do distrito de Portalegre, diocese de Évora, sede de Concelho. Dista 224 Km de Lisboa. É constituída por três freguesias, e ocupa uma área aproximada de 247 Km2.
A Vila de Campo Maior só começou a fazer parte do território Português no reinado de D. Dinis, após o tratado de Alcanises, assinado em Castela. Com uma população laboriosa de cerca de 8535 habitantes, é um importante centro agrícola. Possui um complexo industrial e a sua torrefação de cafés é a maior da Península.
O belo Jardim Municipal confere à povoação um raro tom de frescura.
Uma lenda, que se mantém como tradição inalterável, diz que a povoação foi fundada por três chefes de família que viviam dispersos no campo e resolveram agrupar-se para uma maior proteção. Descobrindo um espaço aberto, um diz para os outros: “Aqui o campo é maior”. Daí o nome da povoação nascente.
Como recordação do facto construíram as armas da sua nova morada, que consiste nas três cabeças representando cada, um dos três chefes de família. Aliás, sobre a origem do nome da vila de Campo Maior fazem os antigos várias conjunturas poéticas. Uns, crendo que venha de “Campus Major”. Por se avistar o castelo para leste uma vasta planície com mais de cinquenta quilómetros de extensão e em tal caso o nome teria origem Romana.
Outros ainda creem que a povoação começou nas proximidades da ermida de S. Pedro, (onde se encontram certos vestígios) e que as guerras, afastando-a do Campo Maior, a acercaram ao castelo.
É antiquíssima e ignora-se por quem foi fundada e até a sua primitiva denominação, porque até aos princípios do século XIII não se encontra noticia alguma, referente á sua origem ou à sua história. Julga-se que a vila tivesse sido povoação Árabe, sendo conquistada por uma família de Badajoz de apelido Peres, que a tornou cristã e a doou à igreja de Santa Maria do Castelo, desta cidade, da qual era então bispo D. Fr. Pedro Peres, membro da referida família.
No tratado de paz entre Portugal e Castela, celebrado em 1297 no reinado de D. Dinis ficou decidido que, dali em diante, deixavam de ser castelhanas e ficavam pertencendo à coroa Portuguesa as vilas de Campo Maior, Ouguela e Olivença.
Dizem alguns escritores que este monarca lhe deu foral em 1309, e outros querem que fosse em 1299, elevando a povoação à categoria de vila.
D. Manuel deu-lhe o foral novo, em Lisboa, a 16 de setembro de 1512, incorporando-a então na coroa, com o privilégio de não sair dela.