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CAMINHADAS

O percurso “Ouguela, Sentinela da Raia”, que apresenta também uma classificação de “Muito Fácil”, desenvolve-se ao logo de uma distância de 5.9km, que podem ser percorridos em 2.15h.
O escasso casario de Ouguela, o seu castelo e a fortaleza que posteriormente lhe foi adossada, estão no início deste percurso.
Descobrir a paisagem envolvente a partir do caminho de ronda pode ser a preparação para esta caminhada. Mas antes, a Cisterna e a Casa do Governador, no interior do castelo, e a Fonte de Ouguela, no seu exterior, têm também que satisfazer a nossa
curiosidade.
Partimos para oeste onde, camuflado pelo olival tradicional, encontramos aquele que foi um ponto avançado de vigilância da fortaleza: Atalaia de S. Pedro. Descemos agora este cabeço em direção às margens da Ribeira de Abrilongo onde um conjunto numeroso de poldras nos ajuda na travessia. Ao longo da galeria ripícola acompanhamos o curso das suas águas até ao ponto em que engrossam as do Rio Xévora. Da antiga ponte romana já quase nada resta. Mas uma nova travessia permite-nos uma visita ao Santuário de N. Sr.ª da Enxara.
De regresso a Ouguela passamos pelo Centro Ambiental do Xévora, cujas instalações foram posto fronteiriço para controlo de homens e mercadorias.

O “Percurso dos Grous” apresenta uma classificação de “Muito Fácil”, pois é o que tem a menor distância dos três, cerca de 4.7 km que poderão ser percorridos em cerca de 1.45h.
É um percurso linear que se desenvolve quase encostado à linha de fronteira, num dos pontos mais a este do território português, este
percurso tem o seu início junto à igreja (séc. XVIII) do Santuário de N.Sr.ª da Enxara, já na margem esquerda do Rio Xévora.
Desenvolve-se ao longo de uma extensa área de montado poucodenso, em terreno praticamente plano. Esta rara configuração provoca, nos períodos do ano mais pluviosos, que as incipientes linhas de água temporárias criem situações de encharcamento dos solos por dificuldade de drenagem. O percurso desenvolve-se ao longo de um estradão em terra batida, mas, para facilitar a observação de aves, está dotado de um observatório.
De facto, é um percurso essencialmente dirigido para o birdwatching, atividade para a qual a época do ano, o equipamento, a discrição e o silêncio são fatores determinantes para o sucesso de qualquer sessão de observação.
É um dos poucos locais no país especialmente indicado para, entre novembro e fevereiro, observar grous, uma espécie invernante que se alimenta em áreas de montado aberto e plano.

O “Percurso Raiano Entre Cal e Mel”, que apresenta uma classificação de “Muito Difícil”, sobretudo devido aos seus 15.7 km de distância a percorrer e à duração aproximada de 5.45h.
Dos baluartes de Ouguela procuramos divisar para ocidente o local onde termina este percurso. Partimos descendo por estradão que, entre olivais tradicionais, rápido nos coloca na margem da Ribeira de Abrilongo, que atravessamos passando de poldra em poldra. Durante um quilómetro seguimos contra a corrente tendo a ribeira e a sua mata ripícola como companhias.
Depois afastamo-nos até à linha de fronteira. O solo adquire tons avermelhados, indiciando alguma alteração na geologia local.
Logo iremos encontrar as ruínas de antigos fornos que permitiam transformar pedras calcárias em cal. De seguida, alinhamos com o traçado da fronteira, sempre vigiados pelas oliveiras que se alinham do lado de cá. Uma vez mais atravessamos a Ribeira de Abrilongo e entramos na Herdade dos Adães. Para além do excelente montado, quando atingimos o Centro de Interpretação da Natureza, Mel e Biodiversidade, percebemos que a gestão empresarial da herdade está orientada para vincados propósitos ambientais: do MPB (Modo de Produção Biológico) à conservação da biodiversidade e à sensibilização ambiental.
Despedimo-nos deste centro e rumamos para Degolados, no final do percurso. Estamos a 8km de Campo Maior.

Flor, Montanha e Água